Carlo & Anita Aldegheri: Vidas Dedicadas ao ANARQUISMO.

Por. Nelca Carlo aldegheri  e Núcleo Audiovisual de Difusão Anarquista

Conheça a trajetória dos militantes anarquistas Carlo & Anita Aldegheri, resgate histórico realizado pelos companheiros e companheiras do Biblioteca Carlo Aldegheri – NELCA e Centro de Cultura Social, com os quais você pode entrar em contato para obter o livro “Aldegheri: Vidas Dedicadas ao Anarquismo”. Video gravado durante a atividade de lançamento na Casa da Lagartixa Preta “Malagueña Salerosa”.

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O serviço secreto russo tortura antifascistas e anarquistas

O serviço secreto russo tortura antifascistas e anarquistas
Um ano atrás, o FSB (Departamento Federal de Inteligência) começou a construir um caso de terror contra onze antifascistas e anarquistas na Rússia. As vítimas são acusadas de formar um grupo terrorista chamado “Net” e planejaram ataques às eleições presidenciais e à Copa do Mundo de 2018. Dez pessoas estão sob custódia e outra em prisão domiciliar.

por Mika

Tinha o movimento anti-fascista e anarquista para lutar na década de 2000 mais prováveis ​​com os ataques da direita, é cada vez mais tentou durante vários anos, entravam pela repressão do Estado no seu desenvolvimento. Os órgãos respetivos constituem um exemplo de rostos conhecidos de contextos políticos e subculturais, por um lado, para os deter e, por outro, para intimidar o resto da cena. Ambos os fatos levaram nos últimos 20 anos significa que o movimento anti-fascista e anarquista está activo relativamente jovem, pequeno em número e em estruturas bastante curta duração e principalmente soltos em que subculturais, círculos políticos e de amizade muitas vezes se sobrepõem.

Na tentativa do governo autoritário da Federação Russa de manter pequenos movimentos antifascistas e anarquistas, até agora recorreu à “lei anti-extremismo”, que pode levar a processos, multas ou alguns anos de coluna de trabalho ou prisão. Como crimes de ódio contra um certo grupo de pessoas, a partilha ou mesmo a simpatia por uma entrada antinazista ou “ACAB” nas redes sociais já foi classificada. Ocasionalmente, além das buscas domiciliares, nas quais as provas eram freqüentemente adiadas, também usavam a violência para intimidar, o procedimento era sempre semelhante: ativistas foram arrastados na rua de pessoas mascaradas em uma van escura, levados para a floresta, espancados e novamente expostos.

Terror group “net”?

O serviço secreto russo FSB suporta suas investigações atuais para se aventurar suposições, reclamações infundadas, falsificação “evidência” e extorsão sob confissões de tortura e declarações. A primeira onda de detenções começou em outubro de 2017. O FSB levou cinco pessoas por suspeita de “formar uma organização terrorista” chamado “net” (artigo 205.4 do ponto 2 do Código Penal da Federação Russa) em cerca de 550 quilômetros a sudeste da cidade de Moscow de Penza pego – Jogor Sorin, Andrey Chernov, Vasily Kuksov Ilya Schakurskij Dmitry Ptschelinzev – e outra pessoa em St. Petersburg – Arman Sagynbajev – que era ocasionalmente em Penza para visitar. Kuksov e Ptschelinzev ainda estavam impingido armas adicionais na busca casa. Para um bem-servido às autoridades a sua comum passatempo Strike Ball – semelhante ao paintball tático corridas off-road, que é legal e muito popular na Rússia – e sua simpatia com a política de esquerda, o anarquismo e anti-fascismo como uma razão da sua detenção. Por outro lado, sua reputação na cena local esquerda.

Isto é exemplificado Ilya Schakurskijs: Ele é um declarado anti-fascista e organizado, inter alia, Palestras, demonstrações, “Food Not Bombs” acções, iniciativas ambientais e dos direitos dos animais campanhas. Já na escola lançou o seu compromisso auto-organizado e talento, Mitschüler_innen para ações de limpeza no rio próximo para mobilizar a Vertreter_innen a administração da cidade aparentemente negativo sobre. Esses membros, em seguida, acompanhou a polícia Shakurskijs Mitschüler_innen na escola uma lição extra, alegando Ilya era um neonazista e exigiu a Schüler_innen cancelar o contato Ilya – uma história sobre o Shakurskij e sua antifascista Freund_innen divertiam-se por um longo tempo.

Em janeiro 2018 foi seguido por prisões de três outras pessoas em St. Petersburg: Julij Bojarschinov, Viktor Filinkov e Igor Shishkin foram acusados ​​membros de uma célula do “poder” grupo terrorista para ser. Aqui, foi revelado que o anti-fascista Viktor Filinkov preso no aeroporto em São Petersburgo pelo FSB, sequestrado e torturado durante horas. Depois de dois dias, ele apareceu com uma confissão de ser um membro de uma organização terrorista, novamente. Só então os sites de notícias independentes informaram sobre o caso construído e também iniciaram ações de solidariedade. Sobre os outros prisioneiros e sua situação, no entanto, pouco se sabe.

Assim, no caso de Mikhail Kulkov e Maksim Ivankin, que foram recentemente presos em julho de 2018 como supostos membros do suposto grupo terrorista “rede”. Muitas razões forçam os acusados e seus familiares a ficar em silêncio: medo de (mais) tortura ou “saída” de antifascistas para outros presos nas prisões, esperança de sentenças mais baixas e proteção de amigos e familiares contra repressão ou ataques neonazistas.

Repressão

No caso atual, a acusação de terror assumir as penalidades associadas de até dez anos e o uso sistemático da tortura para uma dimensão adicional e novo. Filinkov, Schakurskij e Ptschelinzev descrevem em letras ou através de seus advogados e familiares abuso e tortura com choques elétricos para forçar falsas declarações e assinaturas em confissões. Ptschelinzev relatou que ele fixada diariamente durante semanas eléctrodos sobre o corpo e a energia é ligada. Na dor, ele cerrou os dentes tanto que começou a desmoronar e ele tinha uma boca cheia de Zahnstückchen. Para escapar desse tormento, Ptschelinzev já tinha feito uma tentativa de suicídio, mas sobreviveu. No entanto, seu exemplo também mostra como o serviço secreto está exercendo pressão sobre os membros da família: em um interrogatório com sua esposa, ameaças sexuais foram feitas a ela e ele foi ameaçado com o estupro de sua esposa em caso de falta de cooperação.
A estratégia do FSB trabalha: Chernov assinou a sua confissão depois de ter tido uma conversação com o Ptschelinzev torturado. Com essas intimidações e ameaças de violência e tortura, parentes e simpatizantes declaram o silêncio forçado dos outros detidos. Há declarações de advogados e parentes sobre hematomas, irritação da pele causada por armas de choque e roupas manchadas de sangue no caso de Kuksov e Schischkin, que ainda não fizeram declarações oficiais sobre violência e tortura.

Solidariedade internacional

Nesse meio tempo, um conselho de pais dos detidos e o site de informações multilíngües “rupression.com ”foram criados. Somente através da atenção mundial os apoiadores veem a chance de o governo russo ser forçado a agir. Por outro lado, a maioria considera que as ações em seu próprio país são muito perigosas. Por um lado, os ativistas da solidariedade novamente realizaram buscas domiciliares e prisões e, por outro lado, os familiares relataram que qualquer ação de solidariedade dentro da Rússia aumentaria a pressão sobre os detidos. Mais ainda parece ser a possibilidade de apontar internacionalmente para a repressão contra a esquerda emancipada na Rússia. Assim aconteceu desde o final de janeiro 2018 em mais de trinta cidades e mais de dez países em quatro continentes, para expressões de solidariedade e ações de vários tipos – de grafite, banners e teatro de rua em “foto”, anúncios de informação, manifestações e manifestações espontâneas a ações simbólicas e militantes. Desde a primavera de 2018, mais e mais eventos de informação estão ocorrendo na Europa, incluindo festivais internacionais de música como o “Fluff Fest” na República Tcheca ou o “Research to Exist” na Alemanha.

 

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Salário mínimo, instrumento de controlo social.Parte 6

As dinâmicas do capitalismo reproduzem desigualdades a todo o momento e exigem uma constante redistribuição espacial da produção; o salário mínimo é um instrumento dessa redistribuição e para uma conveniente paz social

Por. grazia tanta 

5 – Encolhimento dos rendimentos do trabalho em Portugal

 

Como dissemos atrás, em relação a Portugal, há dois tipos de aproximação no seio do “mercado global do trabalho”. Primeiro, porque se vem desenhando um pouco significativo crescimento do SMH nos países mais ricos e que, mesmo assim não se tornam atingíveis pelos níveis salariais vigentes em Portugal. E, em segundo lugar, porque o ritmo de crescimento do SMH português – pela sua relativa estagnação – tende a ficar cada vez mais próximo dos alcançados pelos países do Leste europeu; e, talvez num lapso de tempo mais dilatado, se venha a situar ao nível de alguns dos países da América Latina… mostrando-se assim as grandes qualidades de gestão da classe política.

Em Portugal, beneficiando da mansidão e do conformismo da plebe, o regime político pós-fascista, através do aparelho de estado – numa cópia do verificado durante o fascismo – procede a uma enorme transferência de rendimentos em desfavor do trabalho, numa extorsão primária por via fiscal, contributiva e normativa.

Essa grande acumulação de rendimentos no aparelho de estado é redistribuída sob várias formas, pelas mãos do governo de turno, com a conivência da chamada oposição.

  • As contribuições, acumuladas e não pagas, àSegurança Social, mormente pelas empresas, passou de 6528 M em 2010 para 11567 M em 2016; e na sua grande maioria jamais serão pagas, como é prática antiga;
  • O setor financeiro foi recapitalizado pelo erário público (CGD, fundo de restituição), pela assunção pública de € 12000 M de dívida para esse fim, pela acumulação de malparado na Parvaloren…;
  • Em 2017, 37.2% da cobrança de IVA foi restituída ou objeto de reembolso a empresas ou a instituições tão úteis como as Forças Armadas. Quanto ao IRC, as restituições e reembolsos valiam 22.6% do valor enunciado na Conta Geral do Estado;
  • A classe política decide sobre as suas próprias mordomias – os partidos não pagam impostos – e muitos dos seus membros aproveitam-se das suas posições para “assessorarem” empresas; para além da larvar corrupção que coloca Portugal no pódio da Europa Ocidental;
  • A dívida pública é, em grande parte, ilegítima e constitui uma renda a pagar ao capital financeiro; mas é aceite como empréstimos normais pela classe política que, para o efeito onera a população com um custo em encargos, da ordem dos € 730 por habitante, no ano em curso.

Para quem precisar de um desenho, segue uma aproximação:

2010 2019 (orç) Var %
IRS 8937 12905 +44%
IRC 4592 6336 +38%
ISP 2406 3643 +51%
IVA 12146 17499 +44%
Selo 1539 1684 +9%
Taxas e multas 590 1136 +92%
Remuner.  dos empregados 84850 *86241 +1.6%
Remuner. média dos trab. (€) 899 **925 +2.9%
Ganho médio dos trabalh. (€) 1075 **1108 +3.1%

*Dados de 2017 ** Dados de 2016   OGE/CGE

 

Este e outros textos em:

http://grazia-tanta.blogspot.com/

https://pt.scribd.com/uploads

http://www.slideshare.net/durgarrai/documents

[1]  Segundo dados do Eurostat, na Europa não existe salário mínimo definido, na Áustria, em Chipre, na Dinamarca, na Finlândia, na Islândia, na Itália, na Noruega, na Suécia e na Suíça. Segundo a Wikipedia, o salário bruto anual na Bielorrúsia será equivalente a $ 1733, na Bósnia-Herzegovina $ 2177, na Moldávia $ 810, na Sérvia $ 4649 e na Ucrânia $ 2573

[2] Albânia, Croácia, Estónia, Lituânia, Malta, Montenegro, Sérvia/Antiga Jugoslávia e EUA

[3] Ver aqui a eloquente comparação com o aumento dos impostos

Salário mínimo, instrumento de controlo social.Parte 5

As dinâmicas do capitalismo reproduzem desigualdades a todo o momento e exigem uma constante redistribuição espacial da produção; o salário mínimo é um instrumento dessa redistribuição e para uma conveniente paz social

Por. grazia tanta

 

4 – Comparações através do salário médio horário divulgado pela OCDE

 

A utilização de elementos compilados pela OCDE, sobre salários mínimos horários (SMH), medidos em US$ e a preços constantes de 2017, corrobora as conclusões acima expostas a partir dos dados publicados pelo Eurostat.

Para o período 2000/2017 o SMH para Portugal evolui com uma taxa de crescimento anual de 1.44%; inicia o período com um valor de $ 4.4 e fecha-o com $ 5.5, refletindo um “fabuloso” aumento de $1.1 em 17 anos[3]! Com taxas de crescimento inferiores evidenciam-se a Bélgica, a França, a Irlanda, o Luxemburgo, a Holanda e a Espanha, para além da Grécia, onde se observou uma regressão de 8.1% no SMH, entre 2000 e 2017, pelas razões que são sobejamente conhecidas. Sem referir novamente o caso grego, a evolução do SMH em Portugal somente encontra níveis maiores de estagnação nos citados países ricos, com pagamentos mínimos de hora de trabalho substancialmente superiores, excepto no caso da Espanha.

Há, pois, uma aproximação entre os valores referentes aos paises mais ricos da Europa Ocidental, com baixas progressões no SMH durante o período considerado e os indicadores dos países a Leste – do Báltico ao mar Negro – e do Mediterrâneo, com uma evolução bem mais dinâmica.

A relativa estagnação do SMH dos países ricos e a dinâmica daqueles países situados a Leste estreita as diferenças entre os indicadores dos dois conjuntos, ainda que as diferenças se mantenham acentuadas. Em 2000, Grécia e Portugal tinham, com valores inferiores aos seus SMH, nove países; um número que passou para seis em 2017 (depois da saída do pelotão da Polónia, da Eslovénia e da Turquia). Portugal e Grécia, sofreram, em doses distintas a austeridade, a apropriação das suas principais empresas e bancos, por capitais externos, o pagamento das respetivas derivas financeiras, dos bancos ou da classe política, através de dívidas públicas colossais; e, colocando-se claramente entre as regiões com mais baixos níveis de SMH, na Europa.

Um elemento novo e interessante que os dados da OCDE introduzem é a consideração de vários países de outras áreas do planeta, como a Austrália e a Nova Zelândia; a Coreia do Sul e o Japão; o Canadá, os EUA e o México; o Brasil, o Chile, a Colômbia e a Costa Rica; a Rússia; e a genocida entidade sionista. Trata-se de um conjunto heterogéneo, geográfica, cultural e economicamente mas, onde preponderam quintais, protegidos e outros países que efetuam órbitas mais distanciadas dos EUA; para além da Rússia que constitui um velho rival estratégico dos governos norte-americanos.

Entre esses países, em 2000, seis tinham um SMH superior ao português, acrescentando-se a Coreia do Sul a partir de 2013. As elevadas taxas de crescimento do SMH registam-se em países onde aquele valor era baixo (Chile, Coreia do Sul, Brasil) ou particularmente baixo (Rússia); note-se que o salário médio na Rússia é da ordem dos € 515.

Salário mínimo horário ($)
2000 2017 Var. anual média
Austrália 10,1 11,3 0,66%
Canadá 6,7 8,4 1,45%
Chile 1,8 3,0 3,84%
Entidade sionista (Israel) 4,7 6,2 1,76%
Japão 6,3 8,0 1,63%
Coreia do Sul 2,6 6,4 8,70%
México 0,9 1,0 0,64%
Nova Zelândia 6,5 9,5 2,71%
EUA 7,3 7,3 -0,06%
Colômbia 2,0 2,5 1,48%
Costa Rica 2,7 3,3 1,29%
Brasil 1,0 2,2 6,67%
Rússia 0,2 1,7 56,50%
Portugal 4,4 5,5 1,52%

 Fonte primária – OCDE

Somente na Austrália e na Nova Zelândia os SMH apresentam um nível equiparado ao dos países ricos da Europa, com o Canadá e o Japão a apresentarem valores um pouco inferiores, ao nível do apresentado pela Grã-Bretanha.

Por seu turno, os EUA, com todo o seu poder económico, militar e financeiro procederam a uma quebra do SMH de $ 7.3 para $ 6.5, entre 2000 e 2007, elevando-o depois até aos $ 8.1, no período do embate da crise financeira; e colocando-o de novo em queda regular até aos $ 7.3, em 2017… por coincidência, o montante que vigorava em 2000! Na Europa, os países com indicadores recentes mais próximos dos que vigoram nos EUA, são a Eslovénia e a Espanha.

 

Ainda tomando os EUA como exemplo paradigmático do conteúdo do modelo neoliberal do capitalismo note-se que em 1948/73 o aumento da produtividade foi de 96.7% e o dos salários reais 91.3%. Com a entrada em cena do neoliberalismo, o aumento de produtividade no período 1973/2015 foi de 73.4% e o dos salários… 11.1%! Grande vitória da Wall Street…

Sublinham-se ainda os baixos indicadores dos países da América Latina, a começar pelo México onde o SMH se manteve uniforme ($ 0.9) entre 2000/2016, subindo para $ 1 em 2017! É evidente que esta situação vem alimentando as maquilladoras na margem sul do Rio Grande e promove a aceitação de todos os perigos de uma travessia clandestina de uma fronteira murada e militarizada; sem garantias de trabalho ou legalização da estadia nas terras do Grande Irmão. A pobreza, por sua vez, entra em comunicação com os tráficos, cujos gangs constituem, no México, uma alternativa de vida para os pobres e uma via de enriquecimento para as corruptas elites políticas; esta pobreza e desestruturação social beneficiam, evidentemente, quem pretende – nos EUA – uma força de trabalho numerosa, mal paga, com parcos direitos e semi-clandestina.

Salário mínimo, instrumento de controlo social.Parte 4

As dinâmicas do capitalismo reproduzem desigualdades a todo o momento e exigem uma constante redistribuição espacial da produção; o salário mínimo é um instrumento dessa redistribuição e para uma conveniente paz social

Por. grazia tanta

4 – Comparação do salário mínimo em Portugal com os dos países mais pobres

Iremos proceder, em seguida a uma análise dos países mais pobres que selecionámos, tendo novamente a situação portuguesa como elemento de comparação (Gráf. 3).

  • Para todos os países se mostra uma franca aproximação face ao padrão, o SMM português e, a partir de valores claramente inferiores a Portugal, no princípio do século; com a excepção da Eslovénia que em 1999 apresentava um valor muito próximo do indicador português (103.7 contra 100) e que, depois de atingir um índice de 139.7 em 2014, decai para 124 no presente ano;
  • Os países que em 1999 apresentavam indicadores inferiores mais próximos de Portugal superaram-no recentemente: a Polónia em 2013 e a Turquia em 2016. E a Roménia que em 1999 apresentava um SMM mais de sete vezes inferior ao português, atingiu a paridade no primeiro semestre do ano em curso. Refletindo, portanto, o empenho empobrecedor do governo do miserável passecos como o dos simpáticos geringonços…
  • Mais genericamente, nenhum país regride face a Portugal no período considerado e, não será desajustado que nos próximos anos haja mais ultrapassagens pelos outros países do grupo de Visegrad, para além da Polónia que já procedeu a essa ultrapassagem. Essa compreensão de um permanente empobrecimento relativo pode, por exemplo observar-se no escasso interesse dos refugiados em se estabelecerem em Portugal, para além do tempo necessário para deterem documentação que lhes permita circular na UE;

Relação SMN mais baixos/SMN em Portugal (1999/2018)                            Gráf. 3

Fonte primária – Eurostat

 

Salário mínimo, instrumento de controlo social.Parte 3

As dinâmicas do capitalismo reproduzem desigualdades a todo o momento e exigem uma constante redistribuição espacial da produção; o salário mínimo é um instrumento dessa redistribuição e para uma conveniente paz social

Por. grazia tanta

 

3 – Comparação do salário mínimo em Portugal com os dos países mais ricos

De seguida, vamos  considerar um conjunto de 18 países da UE, divididos em dois grupos: o dos mais ricos e outro, englobando os mais pobres, no princípio do século, com os seus respetivos SMM calculados em comparação com o estabelecido para Portugal, através de um período de 20 anos. Assim, a Portugal atribuímos aos SMM anuais um índice de 100, sendo os indicadores dos outros países calculados tendo o valor vigente em Portugal como referência. Concentramos num gráfico a evolução dos SMM dos países mais ricos, face a Portugal e, mais à frente, um outro em que essa comparação é feita com os mais pobres.

Na comparação face aos países ricos (… e dois ma non troppo, como Espanha ou Grécia) denota-se que (Gráf. 2):

  • os SMM dos países considerados são, em regra, bastante superiores aos que têm vigorado em Portugal, com maiores proximidades no caso de Espanha e da Grécia;
  • as reduções observadas para o Luxemburgo, a Holanda, a Bélgica e a França correspondem a cerca de 40% do SMN português, centradas nos primeiros anos após a crise financeira e, depois de 2014. A Alemanha mostra também esta última tendência a partir do momento em que criou um SMM. Neste conjunto, o SMM mais baixo, no ano em curso, regista-se em França e corresponde a 1,73 vezes do equivalente lusitano;
  • A Irlanda é um caso atípico, crescendo substancialmente o seu indicador até 2008, decaindo daí em diante até atingir o ponto mais baixo em 2018; e num nível 61% superior ao SMM português. Recorde-se que os trabalhadores irlandeses pagaram a monstruosa burla de um banco que causou um deficit público de 32%;
  • Na Grã-Bretanha, o pendor crescente do SMM observa-se até ao surgimento da crise financeira e mantém-se com valores estáveis desde então, atingindo em 2018, o correspondente a 1,53 vezes do SMN português;
  • Em Espanha, o SMM oscilou em torno dos 120% do valor português até 2009 mas situou-se, desde então, abaixo dessa fasquia. Mais problemático tem sido o caso da Grécia onde em 2008 o SMM correspondia a 1,47 vezes do português, decaindo depois regularmente, sobretudo em 2013, com uma queda brutal de 140 para 111.6% do indicador português; e que continuou a decair até se situar apenas 2% acima do SMN aplicado aos portugueses.

 

Relação SMN mais elevados/SMN em Portugal (1999/2018)             Gráf. 2

Fonte primária – Eurostat

Como é evidente, o panorama exposto no gráfico acima não resulta de grandes aumentos do SMM em Portugal, medidos, recordamos, em paridades de poder de compra: 3.2% em 1999/2007, 1.8% em 2007/13 e 3.1% em 2013/18. Essa aproximação resulta, apesar dos aumentos serem pouco significativos, de serem superiores aos dos países ricos.

 

 

Salário mínimo, instrumento de controlo social. Parte 1

As dinâmicas do capitalismo reproduzem desigualdades a todo o momento e exigem uma constante redistribuição espacial da produção; o salário mínimo é um instrumento dessa redistribuição e para uma conveniente paz social

Por. grazia tanta

1 – Salário mínimo, um jogo de conveniências

A existência de um salário mínimo pode ser uma via de estabelecer alguma dignidade ao trabalho, embora da sua inexistência não decorra necessariamente que não há limites à exploração dos trabalhadores; os países escandinavos e outros, na Europa, estão aí para o demonstrar. O salário mínimo visa estabelecer um parâmetro que, com a chancela estatal, garanta a existência das mais baixas estirpes do empresariato; um género de seguro para os “investidores”.

Mesmo com esse caráter oficial, não é aplicável para muito do trabalho precário ou, não qualificado, que alimenta a enorme massa de atividades tomadas como contidas na economia dita informal ou paralela. Por outro lado, o uso e abuso dos chamados recibos verdes, da figura do trabalho como independente (?) corresponde à ausência de abrangência da figura do salário; e visa assegurar a precariedade, permitir um despedimento, sem prazos ou indemnizações, uma vez que o trabalhador exerce atividade como “prestador de serviços”. Como o “prestador de serviços” acarreta com a maior fatia de descontos para a Segurança Social, essa figura, para o empresário é mais favorável do que um contrato de trabalho, no âmbito do qual, o chamado “empregador” acarreta com essa maior fatia.

Essa realidade, esses truques legislativos e regulamentares exercem uma pressão sobre todos os níveis salariais, mormente baixos ou intermédios, na proximidade do salário mínimo, pagos por empresas de menor rendabilidade e que encontram naquele referente, um elemento quantitativo útil para a prevalência, em geral de níveis salariais tão baixos quanto possível; e, para mais, sendo objeto de uma bênção governamental. Serve ainda para disciplinar as reivindicações sindicais, que tomarão como referente geral o tal salário mínimo, como elemento de ajustamento dos rendimentos do trabalho às necessidades das empresas, com todos os convivas – governo, sindicatos e patrões – muito cientes e irmanados pelo respeito para com os interesses nacionais…  A fixação do salário mínimo inspirou a criação de um outro parâmetro de referência – o IAS-Indexante dos Apoios  Sociais – aplicável a todas as prestações solidárias que amenizam a pobreza.

Recordemos que na lógica do capitalismo, mormente neoliberal, são as empresas que criam o emprego, competindo aos trabalhadores aceitar o sacrifício de um baixo salário que evite falências e desemprego. Numa revisão empresarial do Genesis, Deus criou primeiro o empresário e depois o trabalhador para o servir.

Nessa lógica circular, para as empresas, os salários são essencialmente um custo de produção ainda que diferente dos restantes custos, pois é o trabalho que cria valor; e a parcela desse valor criado e que é distribuído aos trabalhadores sob a forma de salário é um elemento essencial para garantir um elevado nível global de consumo que, por sua vez, vai garantir a existência dos capitalistas.

É difícil a vida dos capitalistas… Sobretudo, no contexto de um determinado estado-nação, numa época em que não existindo, para a circulação das mercadorias, os pesados crivos fronteiriços e alfandegários de outrora, a concorrência é sempre algo presente e, para mais, com dimensão e conteúdo pouco previsíveis.

A perpetuação do capitalismo exige a existência de normas salariais e laborais consensuais, pacificadas, mesmo com sacrifício, pelos trabalhadores; importante mesmo é que os capitalistas acumulem capital ininterruptamente e em montantes crescentes, para acompanharem o progresso tecnológico e investirem, garantindo uma boa vida aos ditos empreendedores e uma paga condigna aos seus servidores, mormente às castas militares, policiais e às classes políticas; e que se mantenha um alto nível de consumo, que absorva o rendimento de quantos trabalham, para que o ciclo do capital se feche e renove.

Claro que há uma narrativa piedosa que considera o salário mínimo como um patamar que evita uma degradante miséria que desenvolva roubos, assaltos, mendicidade, prostituição; cabendo pois, ao Estado, como “representante de todos nós”, olhar para que a pobreza se mantenha num nível tolerável; que, não incomode os bem instalados, nem afugente os turistas, cuja passagem pelo torrão pátrio tanto beneficia o imobiliário, a hotelaria, a restauração, a economia paralela e o abastecimento de off-shores. Aliás, a existência de pobreza é mantida pois muitas empresas e grupos religiosos vivem da delegação que o Estado lhes faz dessa pobreza; devidamente abastecidos pelo dinheiro dos impostos, que também pagam a fiscalização desses arcanjos empenhados no combate da pobreza, cujas fraudes são frequentes. Para esses dedicados combatentes da pobreza, quanto mais pobres necessitarem de ajuda… melhor!

Por outro lado, uma pressão exagerada sobre os rendimentos do trabalho pode gerar surtos grevistas, manifestações e convulsões sociais ou políticas, pouco favoráveis para a obtenção de um sorriso da parte das empresas de rating; e, esse rating, fornecido através de ignotas métricas, dá indicações para o mercado, sobretudo para os níveis das taxas de juro que sustentam aparelhos de estado, classes políticas, endividamento empresarial e dos consumidores, cujo bom ritmo de crescimento constitui a alegria do sistema financeiro. A mansidão na área laboral é, na realidade, uma exigência dos mercados.

A vigência de um salário mínimo não é algo de aplicação cabal. Primeiro, porque existem diversificados níveis de economia paralela onde aquele salário não é praticado. Depois, porque o uso e abuso de horas de trabalho extraordinário, não contabilizado nas estatísticas, nem pago, reduz efetivamente a retribuição por hora de trabalho para muitos assalariados. Por outro lado, o trabalho a tempo parcial ou o trabalho precário, constituem técnicas de gestão para a domesticação da força de trabalho e de embaratecimento do seu peso nos custos de produção.

A fixação de um salário mínimo – onde exista[1] – constitui um elemento geral de comparação, para os capitalistas globais, mormente para os investidores que procuram local para uma rentável instalação. Faz parte da esgrima habitual no seio das classes políticas, entre governos e organizações do patronato – que se dizem em grande esforço para aumentar o salário mínimo – e que têm como contraponto as oposições ou as organizações sindicais que, por deveres de ofício, clamam sempre mais. Aliás, o jogo mediático contraria a realidade; os aumentos no SMM correspondem ao preço de um café diário e, não produzem quebras no emprego nem custos adicionais relevantes nas empresas. Não promovem, portanto, qualquer redistribuição do rendimento.

Esta lógica de diálogo, de procura de consenso entre o trabalho e o capital permite a continuidade do capitalismo, nada altera na sua essencialidade. Não evita o desvario ambiental e climático, não estanca as lógicas militaristas, não destrói as taras nacionalistas nem fomenta as solidariedades da multidão; não coarta a pulsão genocida do capital, a sua focagem na redução substancial da Humanidade e mostra-se neutra face a deriva capitalista em rédea solta, entregue às suas próprias dificuldades e contradições, apostando – e decididamente – nas tecnologias que ajudem a perpetuar o sistema.

Essa lógica de diálogo consiste na permanente procura de redução de um prejuízo, sabendo-se que o mesmo se vai reproduzir muito em breve. Demasiadas vezes, esses acordos saudados como vitórias dos trabalhadores rapidamente são torpedeados pela inflação, pela manipulação das formalmente caóticas legislações laborais e tributária e outros parâmetros que a tentacular máquina estatal tem ao seu dispor. Contrariamente aos humanos, os gatos não perdem tempo a tentar alcançar a ponta da cauda… caçam ratos!

No âmbito das democracias de mercado e no seio da grande convergência estratégica entre os governos e as oposições respetivas, discute-se muito a partilha dos rendimentos da propriedade capitalista mas nunca a fulcral e basilar questão da propriedade capitalista, ela própria, encarada implicitamente, como uma legítima dádiva dos deuses a alguns, com exclusão da grande massa da multidão.

11 anos da Morte de Fernando Fernan Gomez

Muito provavelmente, como ele escreve em suas memórias, [1] é nascido em Lima em 28 de agosto de 1921, embora a sua certidão de nascimento indica que ele fez na capital da Argentina, Buenos Aires. A razão para isso responde a sua mãe, a atriz Carola Fernán Gómez, estava em turnê na América do Sul, quando ele nasceu em Lima, por isso a sua certidão de nascimento foi emitido dias depois na Argentina, nacionalidade realizada, além da espanhol, que foi concedida em 1984. filho extraconjugal, seu pai também era um ator Luis Fernando Luis Diaz de Mendoza, filho de Maria Guerrero, que impediu o casamento entre pais Fernando Fernan Gomez. [2] Depois de algum trabalho escolar como ator, estudou Filosofia e Letras em Madri, mas sua verdadeira vocação o levou ao teatro. Durante a Guerra Civil, recebeu aulas na Escola de Atores da CNT, estreando como profissional em 1938 na companhia de Laura Pinillos; Lá, ele descobriu Jardiel Enrique Poncela, que lhe deu sua primeira oportunidade de oferecer, em 1940, um papel como um ator coadjuvante em sua obra Os ladrões são pessoas honestas. Três anos depois ele contratou Cifesa produtor de cinema e assim estourou no cinema com o filme Cristina Guzmán, dirigido por Gonzalo Delgrás, e já no ano seguinte foi-lhe oferecido o seu primeiro papel de protagonista em começou em casamento, Raffaello Matarazzo. Na verdade, ele trabalhou como ator até início dos anos quarenta para perseguir após o cinema, primeiro como ator (em sucessos como Balarrasa ou âncora botão) e diretor mais tarde sem descurar a sua vocação como dramaturgo e encenador, 

De 1984 subverte sua cada vez mais intensa vocação literária, por escrito, itens muito pessoais no Diario 16 e o ​​suplemento de domingo do El País também produziu vários volumes de ensaios e onze romances, fortemente autobiográficas algum histórico e outros: O vendedor laranjas, A viagem para lugar nenhum, O amor ruim, O mar e o tempo, O elevador dos bêbados, A porta do sol, A cruz e o lírio de ouro, et cetera. Foi um grande sucesso sua autobiografia em dois volumes, O tempo amarelo, dos quais duas edições correm, a segunda algo mais estendido; mas talvez seu sucesso mais retumbante tenha sido obtido com uma peça teatral levada ao cinema, as bicicletas são para o verão, em suas memórias de infância da Guerra Civil. 

Casou-se e divorciou-se cantora Maria Dolores Pradera (1947-1959), com quem teve uma filha, a atriz Helena Fernán-Gómez, e um filho, Fernando, também relacionado com o mundo da cultura. Ele casou-se novamente em 2000 com a atriz Emma Cohen, com quem teve um relacionamento desde os anos 70, depois de participar de um episódio de uma série de TVE, onde Emma foi protagonista (Três eram três, 1973) ao lado de Lola Gaos. 

Seu filme mão na Real Academia Espanhola, a partir do qual ele foi eleito em 1998 [3] entrou e tomou posse da cadeira B em 30 de janeiro de 2000. Ele foi premiado com o Prémio Príncipe das Astúrias para as Artes no ano 1995 

Multifacetado, amada e respeitada por profissionais da indústria e várias gerações de espectadores, encontrou popularidade como ator perto do início de sua carreira no cinema com a comédia preta clássica domingo de Carnaval (o famoso cineasta Edgar Neville), que estrelou Juntamente com Conchita Montes em 1945. Dois anos antes, ela apareceu como secundária em outro título notável do cinema espanhol dos anos quarenta, como Cristina Guzmán. Naquele mesmo ano, acompanhada de um Império Argentina já consagrada e do galante lembrado Alfredo Maio na comédia exótica de bambu, e também participou de uma pequena comédia de fantasia clássica como destino pede desculpas, Jose Luis Sáenz de Heredia, seguindo o estilo Subgênero americano em voga durante esses anos (The invisible couple, de Norman Z. MacLeod, Casei com uma bruxa, René Clair, Dois no Céu, Victor Fleming, etc.). Daquele momento em diante, ele conectou com sucesso histórias de sucesso que críticos e espectadores chamam de essenciais, trabalhando com Gonzalo Delgrás (Os habitantes da casa desabitada); Carlos Serrano de Osma (Embrujo, junto com Lola Flores e Manolo Caracol); Sáenz de Heredia (A colheita é ótima, os olhos deixam vestígios); Ramón Torrado (botão Âncora), José Antonio Nieves Conde (Balarrasa, O inquilino); Luis Marquina (Capitão Veneno). Naquela época, ele também trabalhou em Barcelona como dublador. Carlos Serrano de Osma (Embrujo, junto com Lola Flores e Manolo Caracol); Sáenz de Heredia (A colheita é ótima, os olhos deixam vestígios); Ramón Torrado (botão Âncora), José Antonio Nieves Conde (Balarrasa, O inquilino); Luis Marquina (Capitão Veneno). Naquela época, ele também trabalhou em Barcelona como dublador. Carlos Serrano de Osma (Embrujo, junto com Lola Flores e Manolo Caracol); Sáenz de Heredia (A colheita é ótima, os olhos deixam vestígios); Ramón Torrado (botão Âncora), José Antonio Nieves Conde (Balarrasa, O inquilino); Luis Marquina (Capitão Veneno). Naquela época, ele também trabalhou em Barcelona como dublador. 

Na década de 1950, ele se estabeleceu como um jogador importante na série de comédias (o fenómeno), dramas (The Big Lie) e filmes religiosos (Balarrasa), ou popular (Morena clara) propagandístico ou diretamente escapista (que em muitos aspectos também é considerado propaganda para os historiadores), enquanto intervém em um dos primeiros postos avançados do que será mais tarde o «Novo cinema espanhol»: aquele casal feliz de Bardem e Berlanga. Também envolvido agora em algumas co-produções de interesse incluem acusa a consciência (o grande Georg Wilhelm Pabst) ou solteiros (Antonio Pietrangeli) com Alberto Sordi e, finalmente inicia uma carreira de brotamento como diretor, com obras feitas sob encomenda fortuna desigual: nesse sentido, 

Hetero cinema espanhol dos anos sessenta, seus filmes como ator e diretor estava cheia de comédias de todos os tipos (A Vingança de Don Mendo, Goodbye Mimi Pompon, Ninette e M. de Múrcia ou Crime imperfeita), exceto lado de seus empregos endereço no mundo continua (1963), um drama mais difícil naturalista, inspirado no romance de Juan Antonio Zunzunegui, onde duas irmãs de oposição conceitos vitais enfrentam na guerra civil espanhola sociedade cheia, seu primeiro sucesso como diretor, e seu filmar viagem estranho (1964), que retrata, com quase uma maior penetração do que o próprio Berlanga, o cicatero e clima opressivo da sociedade espanhola do franquismo e que continua a ser um dos pináculos da cinema espanhol de todos os tempos; Ambas as produções tiveram enormes confrontos com a censura. Por outro lado, 

Nos anos setenta, Fernan Gomez se tornou um dos mais solicitados da chamada Espanhol atores de transição com títulos dourados esses anos como o Espírito da Colmeia, o amor do capitão Brando, Pim, pam, pum, fogo, a minha filha Hildegart, Os destroços, Mamãe faz cem anos ou ¡Arriba Azaña! Assim começou uma colaboração de sucesso ao lado do diretor notável Jaime de Armiñán e também estreita relação profissional com Carlos Saura, ganhando assim uma reputação justa como ator e diretor, além de reconhecimento de sua longa carreira. Em 1976, ele participou de um título de indubitável valor, se não para o público em geral, como El anacoreta, premiado no Festival de Berlim. Ele também dirigiu e interpretou duas produções de sucesso para a TVE (o telefilme Juan soldado e especialmente a série El pícaro) que se infiltram na memória do público. Após a morte de Franco e da legalização da CNT-AIT, ele teve uma participação ativa na União de Espetáculos de Barcelona participando da anarcosindicalista Mitin de Montjuïc 1977 com sua parceira Emma Cohen. 

Em 1981, ele estrelou em um filme memorável, Maravilhas de Gutiérrez Aragón, e começou a encadear sucessos de crítica e público (a colméia, Stice, Anda, Requiem para um camponês espanhol, corte de Faraó, metade do céu e viajar para qualquer parte). A década termina com excelentes trabalhos em filmes não muito bem recebidos mas de qualidade: Esquilache e O rio que nos leva. Em 1986 rolou na Argentina um título muito a considerar, Pobre borboleta, Raul de la Torre, com um elenco internacional (Bibi Andersson, Vittorio Gassman, Fernando Rey, Graciela Borges); e é também a década em que ele é mais ativo em seu trabalho para a TVE (Ramon y Cajal, Fortunata e Jacinta, Las pícaras, Juncal ou histórias impossíveis). 

A década de 1990 testemunhou o início de um período de menor atividade profissional derivado de alguns problemas de saúde e, certamente, falta de papéis importantes para um ator como ele. Com exceção da Belle Époque e do Oscar que recebe o filme como melhor filme estrangeiro, devemos esperar até 1998 para vê-lo novamente em dois filmes tão diferentes (cada um à sua maneira) como El Abuelo (sucesso indicado ao Oscar) ) e Pepe Guindo (ficção de tributo ao grande ator por um diretor subestimado mas nada medíocre como Manuel Iborra). No meio, esteve várias temporadas na série televisiva Os ladrões vão ao escritório, o que lhe devolveria a popularidade e outros grandes nomes da interpretação como Agustín González, Manuel Alexandre ou José Luis López Vázquez. 

Mais recentemente, ele atirou em Visionarios, de Gutiérrez Aragón; O encanto de Xangai, com Fernando Trueba; Para que você não me esqueça, e qual é provavelmente sua última grande interpretação no esplêndido Na cidade sem limites, de Antonio Hernández. 

Marisa Paredes, presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Espanha, em entregar a décima medalha de ouro, descreveu-o perfeitamente: “Para um anarquista, um poeta, para quadrinhos do escritor, por acadêmicos, por romancista, pelo dramaturgo, por apenas e consequente ». [4] 

Em 19 de novembro de 2007, ele foi internado na área de Oncologia do Hospital Universitário de Madri La Paz para ser tratado por pneumonia. Ele morreu em Madrid em 21 de novembro de 2007, em 86 anos de idade. [6] Depois de anunciar o primeiro-ministro, José Luis Rodriguez Zapatero, na capela do ator, o Governo da Espanha concedeu em 23 de Novembro , a título póstumo, a Grã-Cruz da Ordem Civil de Afonso X, o sábio. [7] Além disso, o prefeito de Madri Alberto Ruiz-Gallardon anunciou que o Centro Cultural Villa de Madrid será renomeado Teatro Fernando Fernan Gomez. [ 8] Na capela em chamas seu caixão foi coberto com uma bandeira vermelha e preta anarquista, [9] sendo posteriormente incinerada.